Durante alguns postes, falamos um pouco sobre várias áreas da canoagem havaiana.
Entre os principais temos falados por aqui, já abordamos os seguintes temas:
Hoje, vamos falar um pouco da história da Canoa Polinésia no Brasil.
Esse pequeno jovem que só cresce em águas brasileiras.
Mas primeiro, precisamos começar pelo começo…
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De forma bem resumida, a Canoa polinésia é um nome genérico dado à embarcação de origem polinésia que tem como peculiaridade um segundo casco.
Esse casco visa estabilizador, permitindo que mantenha sua velocidade sem comprometer a sua estabilidade.
Esta denominação genérica é adotada para definir as canoas tradicionalmente utilizadas na região do triângulo polinésio.
Também conhecidas como Canoa Havaiana, Wa’a, Va’a, Outrigger, essas embarcações foram muito importantes para o processo de colonização daquela região.
Curiosamente, A Polinésia é um conjunto de ilhas no Oceano Pacífico, entre a Austrália e os Estados Unidos, do qual fazem parte o arquipélago do Havaí e o Taiti (que por sua vez faz parte da Polinésia Francesa.
O Fato de os polinésios não utilizarem a escrita para se comunicarem, o extenso conhecimento de navegação astronômica era passado de geração em geração.
Assim, as crianças mais aptas eram escolhidas para receber os ensinamentos junto à natureza, sobre os ventos e correntes, o voo das aves, das passagens nos recifes e se dedicavam ao mar para sempre.
As canoas eram parte essencial na vida destas civilizações que habitaram toda a extensão do triângulo da Polinésia como: Malásia, Papua Nova Guiné, Indonésia, Filipinas, Austrália e Sudeste Asiático.
Esse fato não é 100% confirmado, mas existem relatos de Madagascar, onde uma canoa muito similar era utilizada pelos nativos para a pesca e expedição.
Essas são regiões onde muito mais tarde surgiram as canoas e civilizações, tornando-as um instrumento sócio-cultural inigualável da cultura do Pacífico.
Em respeito à história dessa embarcação, vários rituais e tradições são mantidos até hoje.
Os construtores de canoas escolhiam seus discípulos, e desde crianças escolhiam a árvore na floresta e por toda uma vida a cultivavam e reverenciavam-na, até o momento em que os deuses da natureza e da sabedoria lhe davam o sinal, e mais uma canoa era construída, o que a tornou um ícone sagrado e respeitado, pois com a canoa migravam e pescavam.
A construção de Canoas também tinha um lado místico. Pois, o construtor de canoas era considerado sagrado na tribo
Era ele que escolhia a árvore para fabricar mais uma canoa. Nada era mais importante para aquelas tribos do que a canoa, era com ela que iam pescar para sobreviver e com ela se locomoviam.
Infelizmente, com a ocupação europeia, em especial no Hawai a partir de 1820, o esporte teve seu destino quase que sepultado.
Mas para a nossa alegria, após longo período onde os remos foram substituídos por bíblias, em 1876 o esporte foi restabelecido e em 1908 foi fundado o primeiro clube de canoas havaianas no Hawaí.
Mais tarde, a década de 70 o esporte é introduzido na Austrália e atualmente encontra-se difundido em todo o mundo contando com aproximadamente 25.000 adeptos.
No Brasil a difusão do esporte teve início em 2000 a partir de núcleos no Rio de Janeiro, São Paulo e Santos.
A primeira canoa polinésia na América do Sul foi trazida pelo brasileiro Ronald Zander Willians, em 2000 que fundou o Rio Va´a Clube (Outrigger Rio Clube), no Rio de Janeiro, em 22 de novembro de 2010 (data do batismo da canoa na Lagoa Marapendi, na Barra da Tijuca).
A canoa de 13,8 metros, batizada de Lanakila (“vencedora” ou “conquistadora” em havaiano), serviu de molde para a fabricação das demais canoas do gênero, inclusive a primeira canoa a ser introduzida na Argentina.
Depois disso, vários clubes foram criados desde a virada do século. Mas essa é outra história…
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